sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Prioridades em 2011


 
 Entre as minhas expectativas para 2012 está a esperança de que as famílias que moram em comunidades sejam contempladas com melhores serviços públicos. Falo de muitos amigos que moram nessas comunidades e não podem pagar um plano de saúde, sendo obrigados a dolorosas peregrinações por centros de saúde e hospitais públicos que não possuem médicos. Fui testemunha em 2011, de diversos casos de famílias que perderam entes queridos por falta de médicos ou equipamentos nos hospitais de emergência. O pior é que essas mortes apenas se transformaram em números frios de estatísticas, não refletindo a dor que acabou com sonhos e planos das famílias atingidas.

 Na questão da segurança, as comunidades também é o segmento da população que mais sofre. Além da insegurança que atinge todas as pessoas e até algumas autoridades, quem mora em comunidade é a maior vítima desse sistema que obrigada pessoas a viverem em verdadeiras prisões domiciliares. Ali, são obrigadas a prestar contas a traficantes ou milicianos que dominam territórios onde o bom Beltrame ainda não conseguiu fazer a limpeza, e oferecer liberdade às populações. Além do gás e gatonet, algumas populações de comunidades são obrigadas a consumir e comprar determinadas mercadorias exclusivamente dos negócios indicados pelos comandos bandidos.

 Destaco apenas essas duas responsabilidades dos governos – saúde e segurança – que ainda não funcionam como merece toda população, principalmente as pessoas que vivem em comunidades, para alertar que devemos dar mais atenção as comunidades, oferecendo cada vez mais opções de saúde e segurança, para que possam estudar e ter verdadeiras oportunidades de sucesso. Sem saúde e liberdade não vamos transformar nossos vizinhos e amigos em cidadãos aptos a participar e usufruir dos benefícios e oportunidades da verdadeira cidadania. Saúde e Segurança são duas palavras que em 2012 precisam estar nas prioridades dos governos e das exigências e manifestações de todos nós.


joserichard.ilha@gmail.com

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Espírito Natalino




 É Natal! O clima de confraternização universal contagia de amor todos os povos do planeta e renova as esperanças de paz. Esta semana, entre o Ano Novo, é uma semana especial, onde o comércio sofre com a ressaca das festas natalinas e são feitas muitas trocas de presentes ocupando grande parte do tempo dos vendedores. É o ajuste dos presentes. Mas é, principalmente, um tempo de preparação para o grande show da virada do ano.

 A próxima semana proporciona momentos para reflexões sobre a vida, nossos posicionamentos e atitudes, principalmente entre as famílias que tem membros vivendo afastados. O reencontro possibilita oportunidades para abraços e para matar as saudades das pessoas que amamos. Também sou contagiado pelas festas e o ambiente de confraternização universal, e como morador da Ilha, há cerca de 30 anos, acompanho quase todas as festas de Papai Noel que acontecem nos bairros da região. A constatação que o bom velhinho ainda mexe com a criançada, e que a sua presença leva os baixinhos ao delírio nos faz acreditar que todos os corações estão abertos às emoções, e o que falta, às vezes, é um sorriso ou uma palavra amiga para muita gente viver melhor.

 Eu tenho esperança e acredito nos bons. É animador, por exemplo, que ainda existam muitas pessoas dispostas a organizar essas festas populares com a chegada de Papai Noel. Isso aduba o bem e faz germinar a certeza de que o ser humano pode, apenas com atitudes, transformar seus vizinhos, amigos e até mesmo desconhecidos em verdadeiras aliados e parceiros da alegria para enfrentar os momentos mais difíceis da vida. Uma união maior entre as pessoas fortalece a todos, e o Natal é uma oportunidade para isso. Não perca o momento para fazer alguma coisa nesse sentido.

Feliz Natal!


joserichard.ilha@gmail.com

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Maior motivação para o carnaval






 Com a inauguração no próximo domingo (18) das reformas e ampliação da quadra da Escola de Samba União da Ilha, os sambistas ganham nova inspiração para os ensaios . Embora a boa acolhida da Lusa, o ginásio de esportes da Portuguesa era alugado e não disponibilizava a liberdade e a estrutura necessária para a realização dos eventos artísticos do nível de uma escola de samba do Grupo Especial. O sacrifício acabou e a diretoria da União certamente está agradecida pelo gesto acolhedor, originalmente estendido pela mão do ex-presidente da Portuguesa Antônio Augusto de Abreu.

 Agora o público já pode comparecer em massa aos ensaios e eventos para se divertir com segurança e à vontade. A quadra ficou maior e pode acolher muito mais foliões. O problema de acústica que incomodava a vizinhança e constrangia o presidente Ney Filardi e sua diretoria foi resolvido. Imagino que Ney vai dizer empolgado: "Agora é pra valer!" E não será por acaso. A sensação de voltar para casa quase coincide com o retorno ao barracão na Cidade do Samba, cujas instalações devem ficar totalmente prontas em breve, mas já abrigam fantasias e alegorias que estão sendo artesanalmente confeccionadas agora com mais esmero e espaço.

 Acredito que com a inauguração da quadra, que terá a presença do prefeito Eduardo Paes, a União ganha um estímulo na hora certa para ir ainda melhor e com mais entusiasmo para o desfile de 2012. Todas as cartas estão sendo jogadas na hora certa para uma grande apresentação. Além do oportuno tema do enredo e de um samba que está empolgando, a escola comemora um novo tempo. Um tempo de boas notícias e muitos motivos para agradecer aos céus. Com tudo em ordem novamente, é tempo de se preparar, com a naturalidade de grande escola, para apresentar um espetáculo nota 10.


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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Copa e Olimpíadas são oportunidades para a Ilha




 Acho que Deus reserva grandes emoções e oportunidades em 2012, para o nosso país que se consolida como uma das principais potencias do planeta. A crise econômica que hoje afeta a Europa e começou na Grécia, é diferente, mas também perigosa, como foi a bolha imobiliária que afetou seriamente os Estado Unidos e rende consequências negativas até hoje. Praticamente ileso, nosso Brasil atravessa bem essas tempestades financeiras e, independente do governo no poder, parece não sentir maiores consequências e foca suas ações olhando para o futuro, obrigatoriamente nos dois maiores eventos esportivos mundiais: a Copa e Olimpíada. No centro das ações está a cidade do Rio de Janeiro que vai sediar a final da Copa e todas as atividades olímpicas. Não há portanto chances de o mundo, nos próximos anos, desviar a atenção da Cidade Maravilhosa, por maiores que sejam os lobbies contrários. O Rio de Janeiro é a cidade da década, com fantásticas oportunidades para os brasileiros, especialmente para os cariocas .


 Oportunidade também para a nossa Ilha do Governador, onde está localizado o aeroporto Tom Jobim e tem papel importante na recepção dos atletas, dirigentes, organizadores e a imprensa mundial, para cobrir os dois eventos esportivos. É urgente portanto, que medidas sejam tomadas para melhorar não apenas o aeroporto, mas todo entorno de modo a proporcionar acomodações para os passageiros em hotéis junto ao aeroporto. Também é inadiável que imediatamente sejam planejadas e executadas obras para resolver o problema dos constantes congestionamentos na Estrada do Galeão que afetam seriamente os vôos, problema inaceitável durante a realização dos dois mega eventos. Em 2012 temos que exigir estudos e obras para resolver definitivamente essa questão que inferniza a rotina dos insulanos.


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sábado, 3 de dezembro de 2011

Mão única é solução


  É inadmissível que as autoridades de trânsito que se dedicam a planejar o tráfego de veículos ainda não perceberam que a Rua General Estilac Leal precisa ser mão única. A Estilac é aquela que começa na Estrada do Galeão, na esquina onde funciona a loja da imobiliária Júlio Bogoricin e que tem, do outro lado, o Shopping 1035. Nessa rua, a confusão é muito grande durante todo o dia. Por absoluta falta de opção para parar, os motoristas estacionam seus carros sobre as calçadas e nos dois lados da Estilac, que é muito estreita. Isso acaba impedindo a circulação normal de veículos na via que não deve ter mais de cem metros de extensão.

  Um dos acessos para o Jardim Guanabara, a rua está próxima a um comércio bastante movimentado com lojas e salas de atividades bem diversificadas, fato que gera uma grande quantidade de pessoas circulando nas calçadas que ficam em parte ocupadas por uma avalanche de carros. Não sou especialista para sugerir qual o melhor sentido, mas garanto que qualquer um vai melhorar o trânsito, evitar batidas e discussões. Embora curto, o logradouro que termina na Rua Abélia, conta também com uma unidade do Colégio Iglesias, para onde dezenas de pais se deslocam diariamente transportando os alunos.

  O tumulto naquele trecho da Ilha é gerado pela absoluta falta de planejamento. Quem está preocupado com isso? Fui informado que periodicamente surge a guarda municipal para aplicar multas. Sei também de centenas de reclamações vindas de comerciantes e principalmente moradores que já chegaram no limite da paciência diante do volume de problemas provocados por obstruções e que eles têm que resolver, simplesmente, para ter garantido o acesso às suas residências. Um caos que pode ser resolvido em boa parte se as autoridades adotarem mão única nesta rua que homenageia Estilac Leal, um general que chegou a ser Ministro da Guerra do presidente Getúlio Vargas no inicio da década de 50.


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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Maior autonomia para a região





 A Ilha do Governador cujo território de pouco mais de 32km2 abriga uma população de cerca de 300 mil habitantes tem uma rotina mais agitada do que a maioria das cidades do estado do Rio de Janeiro. Além do aeroporto onde viajam por ano 10 milhões de passageiros possui um dos maiores estaleiros do país. Por essas e outras centenas de razões, acho que a região deveria ter maior autonomia para decidir suas prioridades em busca da qualidade de vida dos seus habitantes e a funcionalidade das atividades que movimentam a economia local.


 Afinal, estamos numa ilha e por essa razão tem características diferentes das outras regiões. Um exemplo é ter uma única via de acesso por terra que é feita pela Estrada do Galeão. Os engarrafamentos rotineiros não prejudicam apenas os milhares de trabalhadores cujos empregos ficam fora da Ilha, mas também as pessoas que moram nos diversos bairros da cidade e que trabalham aqui. O pior acontece com os passageiros e as tripulações que perdem vôos, e nada mais constrangedor para o país, que os visitantes, depois de cansativas horas de vôo sejam eventualmente obrigados a enfrentar as blitz na saída da Ilha. O Brasil fica mal na foto.



 Acredito que tratar a Ilha de modo diferente é um dever das autoridades. O problema do acesso único pode ser uma oportunidade para transformar o transporte marítimo numa solução de excelência tanto para os moradores como para o aeroporto. Os investimentos para colocar linhas com modernos e rápidos equipamentos de transporte de passageiros pode interessar à empresas internacionais sérias e eficientes. O trajeto entre a Ilha e o Centro é relativamente curto e o mar é calmo. Tenho absoluta certeza que no momento que cair a ficha dos governantes a Ilha poderá ter o melhor serviço de transporte de passageiros.


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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Os desafios do trânsito



 Todo mundo sabe que moro e trabalho na Ilha. Acredito que é um baita privilégio ficar por aqui enquanto a maioria tem que enfrentar as agruras diárias do trânsito. Na quinta (17), não tive alternativa. Para estar num compromisso no Centro às 8h30 saí da Ilha às 7h, mas só cheguei ao destino poucos segundos do horário, por pura sorte. O taxista fez verdadeiras travessuras para chegar ao Castelo, depois de alguns congestionamentos na Estrada do Galeão, Linha Vermelha, Francisco Bicalho e Presidente Vargas. Nada demais, só trânsito pesado. Mas foram longos 90 minutos e me dei por feliz em a tempo. Percebi que a quantidade de veículos nas ruas aumentou muito e para cumprir horários eu preciso planejar melhor e, no mínimo, antecipar minhas saídas em trinta minutos.

 Fiquei impressionado com a quantidade de motociclistas nas ruas nesse horário. Eu e o motorista, que também não está acostumado a sair da Ilha, levamos alguns sustos por conta das buzinas intermitentes das motos, que surgem de todos os lados. Na Linha Vermelha, as buzinas parecem dizer para os motoristas saírem da frente, tal a insistência. Vi a cena de um motoqueiro chutar um carro que não abriu o espaço certo para a moto. Tomei sustos quando uma buzina alertava que um piloto ia passar pela esquerda e o taxista abriu espaço para a direita quando quase derruba um motociclista que ultrapassava pelo outro lado. Vi centenas de motos nervosas impondo seus espaços na marra com suas irritantes buzinas. Percebi o risco que a maioria dos jovens motoqueiros correm, sobretudo quando uma chuva fina deixou escorregadias as pistas.

 Nessa ida ao Centro percebi que as coisas mudam muito e são necessárias medidas urgentes para proteger motoristas e motociclistas. E seria bom que as autoridades, por exemplo, marcassem no asfalto faixas como aquela de cor laranja pintada nas pistas para os jogos Pan-Americanos em 2007. Nesse traçado os usuários de motos usariam como corredor e teriam a preferência absoluta. Assim os motoristas de carros teriam mais noção onde estão as motos, além de muitos sustos e acidentes seriam evitados.


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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

As ações de grupos e as Redes Sociais





 Na luta pela cidadania o debate de ideias e o contraponto, fruto de opiniões diferentes, são exercícios importantes. Até alguns anos passados, as associações de moradores e outras instituições reuniam pessoas interessadas na qualidade de vida da região e promoviam fóruns onde incluíam na pauta a discussão de temas cujo objetivo era exatamente o de trazer benefícios para a região.

 Hoje, são poucas as associações de moradores atuantes. A maioria deixou de existir e as poucas que ainda resistem, é pelo esforço individual de algum abnegado que não abandonou o barco e faz acontecer por conta própria. Até instituições mais poderosas que reúnem líderes minguaram em quantidade e representatividade. Talvez desanimaram de tanto gritar sem serem ouvidas pelas autoridades.

 O aparente enfraquecimento desses movimentos de representatividade pode ser o início do fim de um modelo que já está sendo substituído. Um exemplo dessa mudança é a força política das redes sociais como twitter e facebook. O fenômeno é mundial e mobiliza em minutos milhares de pessoas para manifestos e atos públicos importantes. A contundência e força desse novo vetor social, criado pela internet, recebe atenção especial das autoridades que está mais atenta às denúncias e sugestões da população. Os próprios governos e seus gestores estão usando a ferramenta virtual para a comunicação com os internautas. A luta pela cidadania ganha um novo cenário e novos protagonistas. Antes, eles não tinham um teclado à disposição.


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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Transporte alternativo é alvo de denúncias




 O sistema de transportes da Ilha precisa melhorar urgente. É disparado o assunto mais discutido pelos internautas que enviam mensagens ao Ilha Notícias, através dos nossos endereços eletrônicos como e-mail e o site, além das redes sociais como facebook e twitter. Embora a população das comunidades ainda tenha problemas com atendimento na área da saúde e poucas escolas públicas de segundo grau, as reclamações contra o serviço de transporte de passageiros é campeã. A falta de linhas com trajetos para a zona sul e Barra da Tijuca deixou de ser o principal foco dos desejos dos leitores e foi substituída pela expectativa da construção da Transcarioca que vai ligar a Ilha direto com bairros como a Penha, Madureira e Barra. Mas os problemas de deslocamentos internos por meio de vans e kombis, seja de bairro para bairro ou na distribuição dos trabalhadores que chegam no final do dia, é disparado o assunto preferido das denúncias.

 Antes, o transporte alternativo era feito de modo eficiente apenas pelos chamados cabritinhos, cujo trajeto era realizado de modo organizado por kombis para atender apenas as populações das partes mais altas da região. Hoje com trajetos desorganizados o sistema virou uma zona completa e são operados também por kombis e vans ilegais. Eles disputam os mesmos trajetos dos ônibus e concorrem também com os táxis, flexibilizando os trajetos conforme o desejo dos passageiros. Obrigados pela fiscalização a manter as regras de segurança, os táxis e ônibus perdem passageiros para o transporte alternativo. Esse transporte não obedece as regras mínimas de segurança para os seus passageiros e estaciona nos pontos de ônibus, enquanto seus cobradores caçam passageiros atrapalhando o trânsito. É um desrespeito a todos e uma agressão às leis. Entre tantas reclamações dos leitores é percebido o mau humor e agressividade dos motoristas desses veículos, gesto que assusta a população. Sem a presença da PM e da Guarda Municipal, a população se sente desprotegida e desconfia que a omissão das autoridades ajuda a transformar o sistema de transporte da Ilha num caos.


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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aeroporto Internacional Tom Jobim em condições precárias



 Nesta semana li num grande jornal, um colunista sublinhando no texto a exclusão do nome do nosso maior poeta, Tom Jobim, ao se referir ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro no Galeão. A exclusão seria por absoluta consciência de que o aeroporto, no estado lastimável que está, desmerece o nome de Tom Jobim. Concordo e acrescento que é uma vergonha para todos nós brasileiros a situação precária das instalações do prédio onde funciona o aeroporto. Acompanho há 34 anos essa histórica decadência, onde se multiplicaram grupos de aproveitadores na direção da empresa que administra o aeroporto, os quais eram cúmplices de projetos cujo único objetivo era tirar proveito para seus bolsos. Raras foram as exceções, convenientemente substituídas rapidamente, provavelmente por não concordarem com os absurdos esquemas de favorecimentos ilícitos.

 Quando foi inaugurado em 20 de janeiro de 1977, pelo presidente Ernesto Geisel, a expectativa era transportar seis milhões de passageiros ao ano e manter em andamento obras de crescimento. O projeto previa a construção de mais três terminais formando um trevo de quatro folhas, em cujo centro está a torre de controle. Os equipamentos de última geração davam conta de pousos seguros e alguns chegaram a chamar de Aeroporto Supersônico do Galeão. Entretanto, após pouco mais de três décadas, o aeroporto está feio e pouca coisa funciona. É triste constatar que a maioria dos gestores, designados a manter a grandeza e a acelerar os projetos de crescimento do Galeão, foram medíocres e nunca estiveram à altura dos desafios administrativos do maior portão de entrada de turistas internacionais do Brasil. A seriedade das atribuições da alfândega, da polícia federal e de outros órgãos com responsabilidades no controle e fiscalização do movimento de passageiros, bagagens e cargas do aeroporto sempre esbarrou na ineficiência da infraestrutura do aeroporto. Escadas rolantes, banheiros, esteiras, estacionamento abandonados e licitações com indícios de fraudes sucumbiram com o ainda jovem aeroporto. Por falta de capacidade, eles conseguiram envelhecer o Galeão. Como contraponto, cito a antiga e hoje bela rodoviária Novo Rio. É um exemplo de eficiência aos passageiros e a todos que trabalham por lá. O próprio governador Sérgio Cabral, amargurado, dá como exemplo a gestão da rodoviária contra o caos do aeroporto, e, com razão, luta para privatizar o Tom Jobim. Que seja logo essa reconstrução. Antes que desmorone nas mãos dos aproveitadores de plantão. Tom Jobim merece!


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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Instituições passivas





 É impossível melhorar a cultura e esperar a confiança do povo, se as instituições de segurança não tomam atitude diante de algumas ilegalidades que afrontam a população ordeira. Falo dos delitos que são cometidos à luz do dia, na frente das autoridades policiais, que algumas vezes reagem de modo contemplativo. Um exemplo é a grande circulação de motos sem placas, pilotadas por gente sem capacete e que passa na frente de policiais militares sem serem abordadas. A liberalidade do trânsito dessas motos, por toda a Ilha, provoca a desconfiança de que a ação policial é, em muitas ocasiões, meramente representativa. Nessa visão, a estratégia, por exemplo, da presença permanente de uma viatura e policiais junto ao chafariz em frente ao Mc Donald´s seria meramente figurativa. E a presença figurativa não transmite sensação de segurança à população, que pelo contrário, credita ineficiência à ação da PM.

 Luto para que os mocinhos e a lei sejam sempre respeitados e vencedores. Por isso fico indignado com a passividade da autoridade que não age diante de irregularidades que acontecem à sua frente. Imagino que cada policial tenha foco em missões específicas, conforme as ações da bandidagem. É um trabalho difícil e perigoso. Todavia, espera-se que não fiquem impassíveis diante de outras transgressões ou fatos que acabam desrespeitando a instituição policial. Imagino que a presença fixa da polícia em alguns pontos da Ilha faça parte de um plano estratégico, que entre outras prioridades, existe para inibir assaltos e dar maior segurança à população. Por essa razão, acredito que, onde estiver um policial a lei precisa ser rigorosamente cumprida a qualquer preço. Onde estiver circulando uma patrulha e cruzar com irregularidades é preciso uma ação de ordem. Só começando a agir assim, a polícia vai conseguir desmontar a suspeita de acomodação e pior, estimulando a impunidade.

 Todas as fichas da população estão sendo colocadas ao lado do novo comando da PM, cujo apoio ele pode contar nas suas investidas contra o crime. O momento é importante para reafirmar o voto de absoluta confiança no trabalho da PM.


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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Novo comando da PM na Ilha




 É ótima a decisão da Secretaria de Segurança de manter por pelo menos um ano os novos comandantes de batalhões da Polícia Militar. Ao garantir que o tempo no comando pode ser prorrogado, caso o comandante tenha bom desempenho, o governo quer estimular e reconhecer os bons comandantes. A medida também vai mostrar transparência na avaliação dos batalhões.

 Imagino que a partir de agora, fica claro para a população que quando um comandante for substituído antes de um ano é porque perdeu a confiança dos seus superiores, seja por irregularidades ou incompetência. Atualmente, ninguém sabe o que se passa nos bastidores dos quartéis, e pior, os bons policiais no lugar de serem homenageados, são confundidos com alguns bandidos fardados como no caso daqueles que assassinaram a juíza Patrícia Acioli, no mês passado em São Gonçalo.

 Torço que o Ten. Coronel Ezequiel Oliveira de Mendonça que assumiu nesta semana o comando da Polícia Militar na Ilha fique muitos anos na região, e só seja substituído por mérito.

 Sei que o trabalho de Ezequiel é difícil e perigoso. Cuidar da segurança de quase 300 mil habitantes é uma responsabilidade cujo êxito todos nós depositamos as esperanças. Problemas rotineiros como motociclistas sem capacete, motos sem placas e transporte alternativo ilegal, além do recente retorno dos sequestros relâmpago são desafios imediatos. Mas a atual postura de tolerância da PM diante dessas irregularidades é incompreensível.

 O que também se espera do novo comando é que seja duro com o desrespeito à lei, sobretudo com o que acontece sob às vistas da polícia. A tolerância com os pequenos delitos pode ser o estimulante dos futuros crimes. Para ficar indignado como a maioria da população, basta que o novo comandante dê uma volta pela Ilha. Ele vai perceber, pontualmente, quais as prioridades de segurança para fazer da Ilha o bairro modelo de segurança. Boa sorte!


joserichard.ilha@gmail.com

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Operação Lei Seca nota dez




 Dou nota dez para a Operação Lei Seca. Essa iniciativa do Governo do Estado merece aplausos e o reconhecimento público. A medida teria poupado cerca de sete mil vidas desde que foi implantada em 2009 e precisa do reconhecimento da população para que continue. Além de punir o motorista alcoolizado, a ação protege a vida do próprio infrator de se tornar um criminoso, considerando as chances de ser protagonista de um grave acidente. A Operação Lei Seca protege também a vida dos acompanhantes do alcoolizado, como de todos os pedestres e motoristas no eventual trajeto do bebum. A fiscalização é essencial e o sucesso é por conta da ação permanente e séria dos agentes do Detran que não perdoam nem autoridades, artistas e jogadores de futebol. Todos iguais perante a lei.

 Por outro lado, é decepcionante constatar que o problema das ilegalidades cometidas por grande parte dos motoristas do transporte alternativo contaminou toda cidade. Nesta semana, assisti na Linha Amarela, no trecho entre a Ilha do Fundão e a Avenida Brasil, uma cena que lamentavelmente se repete muitas vezes no dia a dia: um passageiro fez sinal e uma kombi – branca, daquelas ilegais – já lotada parou para o acesso desse passageiro. Com isso o cobrador se deslocou para o compartimento de bagagens em cima do motor e ficou ali sentado durante a continuação da viagem e, pior, com o compartimento aberto – talvez pelo calor. Esse absurdo é tão grave quanto dirigir embriagado. Entretanto, as medidas dos órgãos responsáveis para fiscalizar e punir ainda não funcionam. A cidade que nesta década vai sediar a Copa e as Olimpíadas não pode permitir que tais irregularidades, assim como se o Rio de Janeiro fosse uma cidade onde vale tudo.

 As medidas sérias da Operação Lei Seca contrastam com o descaso das autoridades e com as ilegalidades que colocam os passageiros das kombis e vans em eminente perigo. O que está por trás dessa omissão? Interesse político ou é um incompreensível desprezo com a parte da população que costuma agir dentro da lei.


joserichard.ilha@gmail.com