sexta-feira, 24 de março de 2017

POPULAÇÃO DA ILHA É REFÉM DAS VANS ILEGAIS POR ABSOLUTA FALTA DE FISCALIZAÇÃO

Durante uma rara operação de fiscalização de vans no Cacuia, 
onde elas ocupam todo o espaço do ponto, uma mulher é 
obrigada a fazer sinal para ônibus no meio da rua

  Um dos assuntos mais recorrentes nesta coluna é o problema das vans que transportam passageiros na Ilha do Governador. Não sei como funcionam em outras regiões da cidade, mas na Ilha esse serviço é péssimo. Além de não obedecerem nenhuma sinalização de trânsito, essas vans embarcam passageiros em qualquer lugar, mudam trajetos para não perder passageiros, além de causarem uma tremenda confusão ocupando a totalidade dos espaços nos pontos de ônibus. É uma vergonha!
 A circulação de vans e kombis, principalmente as irregulares e em péssimo estado de conservação, ameaça a segurança dos passageiros e cria situações ameaçadoras no trânsito, como na quinta-feira (16), quando uma dessas vans piratas desrespeitou uma blitz e foi perseguida pela polícia, por cerca de três quilômetros, da entrada da Ilha até a Rua Antônio Nascimento, no Jardim Guanabara, onde parou depois de provocar um acidente.
  A tentativa de organizar o sistema de vans fracassou porque quase inexiste fiscalização. O esforço da Guarda Municipal, que na Ilha nunca contou com um contingente com mais de 15 agentes, é insuficientes para controlar mais de 500 vans que circulam a toda velocidade pela região. E uma fiscalização séria, deveria verificar apenas as condições dos veículos ou da habilitação dos motoristas, mas incluiria o funcionamento do cartão Riocard, equipamento que vergonhosamente não é aceito em muitas vans. 
 Estamos reféns das vans e de todo tipo de desordem urbana que os motoristas desses veículos provocam. Sem fiscalização permanente e a aplicação de medidas duras para controlar a circulação o perigo nas ruas vai piorar e a população continuará sendo a única vítima das vans. 
  Desprotegido, resta ao cidadão pedir a ajuda a Deus.


joserichard.ilha@gmail.com