A ausência das autoridades de fiscalização nas ruas da Ilha facilita a expansão da desordem e cria uma sensação estranha de abandono, sobretudo nas pessoas mais idosas.
É o caso, por exemplo do estacionamento sobre as calçadas. Irregularidade que em muitos casos merece multa e reboque tal é a agressão aos pedestres, cuja alternativa é arriscar-se, desviando a caminhada pelo meio das ruas. Sem falar da dificuldade para cadeirantes, carrinhos de bebê e outras pessoas que são desrespeitadas. Têm motoristas desorientados que chegam, literalmente, a encostar o seu veículo no muro, numa atitude que revela nenhum toque de civilidade.
A população sofre. É raro ver um desses veículos ser penalizado. O pior é que em muitos casos os próprios flanelinhas estimulam o estacionamento de modo irregular. E não acontece nada!
Sem fiscalização, as coisas funcionam inexplicavelmente desse modo errado e pioram a cada dia. A desobediência às leis sem punição muitas vezes estimula quem age certo a agir errado. Enquanto a maioria avança os sinais, quem fica parado no vermelho se sente fora de órbita, e até imagina ser um trouxa.
Não vamos abandonar as boas maneiras e as ações de boas práticas, de modo que sirvam de exemplo à sociedade que integramos. Deixar-se contaminar pelas omissões e comportamentos errados, atrasam nossas vidas e condenam os mais jovens a entender o errado como certo. Agir com princípios, respeito às leis e comportamento de cidadãos nos farão pessoas maiores. Mesmo que sem os ausentes e indispensáveis agentes de fiscalização.
