sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

TRANSPORTE PÚBLICO | EDIÇÃO 2124 | 16-12-2022

 


  Continua, na Ilha do Governador, o drama de quem precisa do sistema de transporte de passageiros supervisionados pela prefeitura e o estado para se deslocar entre os bairros da região ou pra fora da Ilha.  Na verdade, esse sistema púbico funciona sob a forma de concessões à empresas ou pessoas físicas que se organizam com frotas de veículos ou individualmente – no caso dos cabritinhos, vans e mototáxis –, para servir à população dentro de normas comuns, trajetos e horários combinadas com o órgão de transporte do governo municipal ou estadual. 

  Assim é com as barcas, ônibus, vans, cabritinhos e até mototáxis que atuam cobrando pelo serviço destinado a atender o movimento das pessoas nos deslocamentos para qualquer fim, como trabalho, escola, médico, mercado e passeios, entre outros compromissos ou atividades da população. Creio que esse sistema urbano que contempla a Ilha do Governador precisa ser organizado desde a ponta nas favelas até os troncos das vias principais ou terminais como o do BRT no Fundão – batizado com o nome do saudoso Aroldo Melodia, maior intérprete de todos os tempos da União da Ilha. 

 Entretanto, de modo geral, o que vivemos atualmente é uma absoluta confusão que vai desde a inexistência de linhas de ônibus extremamente necessárias – como a inconstante 922 que deveria servir os moradores de Tubiacanga – entre outras, e a sobreposição de trajetos, além da disputa entre ônibus e vans, em alguns pontos onde reina a confusão durante alguns horários do dia, e que ocorrem diante da grande oferta de veículos, como no ponto em frente ao Mundial do Cacuia. 

 Nosso sistema de transporte precisa urgente ser replanejado de modo a servir a toda a população em todos bairros – como Pitangueiras – com horários, sincronizados e fiscalizados por agentes públicos treinados para orientar além de autoridade e mecanismos para exigir o cumprimento das regras. Hoje, lamentavelmente o sistema está desatualizado e cada um faz o que quer no transporte de passageiros. 

  Quem perde e se sente refém é a população, vítima inocente de um processo, e que além disso, não tem para quem reclamar.