sexta-feira, 25 de março de 2011

Não devemos relaxar nos cuidados de segurança



 A Rua Fantoches localizada no bairro do Quebra Coco teve um de seus acessos fechados recentemente pela prefeitura para dificultar as ações de bandidos. Entretanto, a medida não evitou que dois bandidos mascarados tentassem assaltar um morador desta rua na madrugada da última quarta-feira (23). Outras duas ruas paralelas a Fantoches – Galo Branco e Agostinho dos Santos - receberam o mesmo tipo de providência no lado que fazem esquina com a Rua Espumas e, segundo os moradores do bairro, os assaltos diminuíram e a sensação de segurança melhorou bastante. Na minha opinião, o fechamento parcial das três ruas, até serve como uma pesquisa, cujos resultados poderão ser melhor avaliados depois de alguns meses.
 O crime desta semana, na Fantoches, deve ser creditado ao fato que bandidos, infelizmente, continuarão a existir e serão sempre atrevidos e criativos em suas ações. Do contrário, não aconteceriam assaltos a bancos, embora haja sofisticados sistemas de segurança nessas instituições. O que me parece lição para ser aproveitada do acontecimento da Rua Fantoches é que os moradores não devem relaxar nos cuidados de segurança em nenhuma hipótese, especialmente perto de casa, quando é natural isso acontecer, principalmente em uma rua que tem um dos acessos fechados.
 Os criminosos agem, sobretudo, no descuido da vítima que é pega de surpresa. Essa ação criminosa na Fantoches serve de alerta para todos nós na Ilha. Para protegermos nossas famílias precisamos estar sempre atentos, principalmente pela manhã ao sair de casa e na volta à noite. Pessoas que já tiveram suas casas invadidas pelos bandidos contam que além da humilhação, crueldade e prejuízos, os criminosos deixam marcas psicológicas difíceis de serem superadas. Portanto, cuide-se e alerte seus familiares e vizinhos sobre os procedimentos que as autoridades recomendam para evitar esses assaltos. Ficar ligado o tempo todo é uma das medidas mais recomendáveis.

joserichard.ilha@gmail.com

segunda-feira, 21 de março de 2011

A tragédia nuclear e as usinas do Rio

Usina nuclear Angra 2
 O desastre provocado pelos terremotos e o tsunami no Japão se transformou em uma tragédia, cujas consequências para o futuro da humanidade ainda não podem ser mensuradas. As imagens da televisão mostrando a água do mar invadindo ruas e arrastando pessoas e veículos são chocantes. As imagens foram cinematográficas e mostraram que a força das ondas foi tanta que arrastou casas e derrubou prédios, viadutos e tudo que encontrou pela frente. A tarefa da população das áreas atingidas, depois de uma semana do grande tremor de nove graus na escala Richter, é procurar os desaparecidos e chorar as milhares de pessoas mortas. É muito difícil não se emocionar e ser solidário ao povo japonês.
Passada a fúria da natureza, os técnicos do Japão tentam controlar o vazamento de radiação das quatro usinas nucleares e o mundo está apavorado com a possibilidade das nuvens radioativas atingirem suas fronteiras. Na costa oeste dos Estados Unidos, os estoques de máscaras e comprimidos de iodo estão se esgotando. Os americanos, cujo território está no mesmo hemisfério do Japão, se acautelam contra os terríveis danos à saúde provenientes das catástrofes nucleares. E devem ter suas razões. A imprensa tem noticiado que a radiação liberada pelos reatores danificados pode chegar a mil vezes mais que a radiação de uma bomba nuclear.
 Todos os países com matriz energética nuclear estão estudando medidas para evitar catástrofes. No Brasil não ouvi nem a mínima preocupação à respeito. Vivemos a poucos quilômetros da cidade de Angra dos Reis e não temos nem ideia do que fazer se um fenômeno natural ou um avião atingir as duas usinas nucleares. Soube que o lixo radioativo na Alemanha é colocado a mais de 150 metros de profundidade em caixas de chumbo envoltas por camadas de sal e de concreto. Em Angra, esse lixo atômico - que também traz violentos danos à saúde - estão em caixas de chumbo num depósito ao lado das usinas. Sempre fui contra essas usinas junto às cidades. No Brasil não se justifica colocar a população em risco com tantas áreas desabitadas.

joserichard.ilha@gmail.com