sábado, 5 de março de 2016

Ilha corre o risco do aumento da criminalidade

              
Tropa no batalhão da Ilha é 3 vezes menor que há 45 anos
  
  A questão do aumento de crimes na Ilha do Governador é um problema grave que a sociedade não pode se esquivar. A sensação de segurança quando atravessamos a ponte não pode ser jogada no lixo. Certamente foi uma conquista difícil e lembro a época da década de 70 quando a PM contava com a ajuda da Polícia da Aeronáutica que se intrometia em ajudar a proteger a população.
  Lembro ainda que no início dessa mesma década, quando foi instalado o 17º Batalhão de Polícia Militar, o contingente de PMs era de 1.100, número estabelecido pelas autoridades de segurança da época, como necessário para garantir a população da época que era de aproximadamente 120 mil pessoas. Ou seja, para cada policial havia cerca de 110 pessoas. Não sei quem decidiu sobre essa proporção, mas devia ser correta, pois a Ilha era um bairro muito tranquilo.
  Com o tempo a população cresceu muito e já somos quase 300 mil pessoas. Todavia a quantidade de PMs não aumentou na mesma proporção mas deveria ser de 2750 policiais. Todavia a mudança foi inversamente proporcional e, hoje, a Ilha conta com pouco mais de 300 policiais que se dividem em 3 turnos para garantir a nossa segurança. Além disso, com o fim da ditadura, há muito tempo, a Ilha deixou de contar com a ajuda da PA, instituição que atualmente mal suporta proteger as suas próprias unidades. Hoje cada PM tem, proporcionalmente, sob sua responsabilidade cerca de mil pessoas. É impossível trabalhar assim.
  A equipe de policiais do 17º BPM é boa e trabalha com seriedade, mas é impossível ter a mesma eficiência no patrulhamento como era há 45 anos. Corre risco a nossa agradável sensação de segurança que ainda hoje desfrutamos. Um sintoma é a quantidade de motos irregulares circulando à vontade. 
  
                                                            joserichard.ilha@gmail.com

sexta-feira, 4 de março de 2016

Cada vez mais distante uma solução para o sistema de barcas na Ilha


Barca perdeu o controle em 2015 ao atracar no Cocotá

   A reunião promovida pelo então Secretário Estadual de Transportes, Carlos Osório, realizada no dia 01/02/16, no salão do ECC para discutir soluções para o transporte marítimo da Ilha parece que foi uma farsa.  É que o secretário pediu demissão do cargo 21 dias depois, para mudar de partido e anunciar que vai ser candidato a prefeito do Rio. É óbvio que essa decisão já estava tomada na ocasião da reunião na Ilha e nada que ali foi prometido pode ser considerado como possível de acontecer. 
   Quase duzentas pessoas participaram daquele encontro e trataram de modo sério os graves problemas do transporte de barcas entre a Ilha e o Centro da cidade, como falta de horários, integração com ônibus e barcas velhas e inseguras, etc, perderam seu tempo. Essas pessoas, moradoras da Ilha e passageiros das barcas, disseram algumas verdades ao secretário, principalmente que o serviço das barcas é muito ruim e precisavam de mudanças urgentes.
  Durante o encontro, o ex-secretário, que já sabia que não continuaria no cargo, não deixou nenhuma denúncia sem promessa de solução e garantiu avaliar a volta da estação das barcas na Ribeira além da criação de outra na Ilha do Fundão. E, sem considerar a péssima situação financeira do Estado - que está com os cofres vazios -, foi mais além anunciando que seriam compradas 4 novas embarcações chinesas para entrar em operação na Ilha até o final do ano.
   A expectativa de que o serviço das barcas poderia melhorar naufragou mais uma vez. Quem esteve na reunião com Osório lamenta o tempo que perdeu em uma reunião que não valeu.


                                                                 joserichard.ilha@gmail.com