sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ilha do Governador pode ser cidade.
O debate está novamente aberto
 
          Debater sobre a emancipação da Ilha faz bem à democracia e é um modo republicano de agir na política com independência e liberdade. Afinal, a Ilha do Governador é um belo pedaço da cidade do Rio de Janeiro com cerca de 300 mil habitantes onde são geradas importantes receitas. Se fosse transformada em município, a Ilha seria a 9ª no ranking de arrecadação no estado. 
 
          Aos que se motivarem com o assunto — contra ou a favor —, sugiro levantar informações atualizadas e discutir com seriedade, de modo a elencar as vantagens e as consequências de uma possível emancipação. A tendência mundial é dar autonomia às pequenas e prósperas regiões que estão sufocadas ou colocadas em segundo plano pelo poder regional. É o caso da Ilha que perde em atenção para a Zona Sul, Barra e área portuária onde os investimentos são grandes e levam desenvolvimento.
 
          O tema emancipação volta a ser discutido porque o Congresso Nacional deve aprovar em breve legislação que devolve às Assembleias Legislativas o poder de definir sobre a independência de territórios. A Ilha preenche todos os requisitos legais para se transformar em cidade. É, portanto, possível que projetos sobre o tema sejam criados ou desarquivados na Alerj. 
 
          Sempre fui favorável a debater um assunto tão importante como esse. Acredito que discutir o tema estimula a população a participar e cobrar mais do poder do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo estimula os políticos da cidade a terem mais atenção com a Ilha. A região está estagnada e sem lideranças carismáticas. O desprestígio é grande e estamos tão por baixo que para o cargo de subprefeito, o indicado, embora seja um bom gestor, veio de outra região. E olha que somos 300 mil.