segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ilha é ponto de desembarque de drogas e armas ilegais





 O acesso de drogas e armas ilegais que entram no Brasil através da Ilha do Governador existe, e é grave. Mas, para nós da população, essas operações criminosas não são percebidas, embora sejam grandes problemas que acabam desestabilizando famílias e o país. Tudo acontece, principalmente, nos bastidores do aeroporto Tom Jobim e através de embarcações que se movimentam sorrateiramente nas águas da Baia de Guanabara. A Ilha por suas próprias características geográficas pode ter diversos locais de desembarque em pequenos piers, todos informais e sem fiscalização. Entretanto, no aeroporto, porta de entrada do estado e do Brasil, e com diversas equipes de fiscalização, dizem que é uma verdadeira peneira para a entrada de drogas e armas que chegam através de malas. Ou seja, um queijo suíço de tantos furos nos esquemas de segurança.


 A revista Época, desta semana, diz que o inspetor-chefe da alfândega, no Porto do Rio, descreveu como precária a segurança interna do porto. O inspetor disse ainda que alguns navios ancorados perto da Ilha do Governador e no resto da baía são usados para armazenar drogas e armas entre os containeres de mercadorias importadas legalmente. Depois, elas são levadas em lanchas a piers localizados no entorno da baía. Há cerca de três anos a Polícia Federal suspeita disso, conforme documentos nas mãos do Ministério Público. 


 Vivemos, portanto, numa região vulnerável ao acesso de armas - inclusive pesadas -, e drogas de todo tipo, seja por ar, mar e terra. Por terra a receptação, distribuição e venda deve ser igual às outras regiões. A diferença é que na Ilha chega por todos os lados. Aliás, não temos que nos admirar de existirem tantos caminhos para as drogas chegarem à Ilha. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, por exemplo, 73% das armas apreendidas no país concentra-se na cidade. Por outro lado, a Baía de Guanabara, onde a Ilha está localizada, é um dos locais onde a ação da pirataria é perigosamente conhecida no planeta. 

joserichard.ilha@gmail.com