É intolerável o péssimo serviço das barcas
que transportam passageiros no Rio de Janeiro
No Terminal do Cocotá, na Ilha do Governador, restos corroídos
de uma grande embarcação velha, com capacidade para 2 mil passageiros,
que naufragou em 2011, coloca em risco a navegação perto do pier.
É
grave o problema que envolve o transporte marítimo de passageiros entre o
Cocotá e o Centro da cidade. Sempre atrasadas as embarcações também não
oferecem segurança e cada viagem é, sem exagero, uma verdadeira aventura. Coletes
salva-vidas com prazo de validade vencido, embarcações velhas e tripulação sem
treinamento é o roteiro de viagens conduzidas por uma empresa que já deu
diversas demonstrações de falta de responsabilidade com o serviço que deveria
prestar com extrema competência. Afinal transporta centenas de vidas a cada
viagem e cobra caro.
Com
a Estrada do Galeão muitas vezes engarrafada, pelas rotineiras e ineficazes blitzens
da PM, alguns insulanos desavisados optam pela viagem marítima na tentativa de
chegar em tempo aos compromissos. Arrependidas, essas pessoas só percebem
depois, que a alternativa é uma armadilha cujos riscos e prejuízos desanimam
uma nova tentativa.
Com um serviço de péssima qualidade não existe argumento
que convença a população que o aumento na passagem das barcas de R$ 2,80 para 4,50 reais, imposto pela
empresa Barcas S/A, nesta semana, seja justo. Pelo
contrário! É um absurdo o acréscimo de 61% que premia inadequadamente esse péssimo serviço. Embora
os passageiros tenham protestado contra a arbitrariedade descabida e
inaceitável, a população, mais uma vez ficou refém de um sistema inoperante que
navega no rumo que apenas os seus donos desejam, desrespeitando a toda população. Isso
é intolerável.
joserichard.ilha@gmail.com
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