sexta-feira, 28 de setembro de 2012

 
Campanha milionária invade toda cidade
 
  É injusto e desproporcional o poder para conquistar de votos colocado a disposição do principal candidato a vereador apoiado pelo prefeito Eduardo Paes. Trata-se de uma campanha milionária invadiu todos os bairros da cidade e cujo arsenal distribui mihões de cédulas, centenas de milhares de exemplares de uma revista em papel couche, além de colocar dezenas de milhares de placas de todos os tipos e tamanhos. Fora isso, o candidato ordena por telefone o asfaltamento de ruas e obras por toda cidade, desde que definam votos. Os milhares de jovens contratados para captar votos, colocar placas, distribuir santinhos, balançar bandeiras do candidato preferido, obedecem às coordenações estabelecidas em cada bairro da cidade e que tem autonomia para disponibilizar qualquer quantidade de material.
  Esse poder age em toda cidade indiscriminadamente. Um cientista político adverte que esse candidato do prefeito já estaria eleito e a preocupação é estratégica para garantir mais votos do que Cesar Maia que também concorre como vereador. E por que isso? O especialista diz que que trata-se de aferir forças e tentar manter a hegemonia absoluta na cidade, neste momento político importante e cujo resultado estabelece o cenário inicial para a eleição para governador em 2014.
  Naturalmente, o prefeito prefere se eleger no primeiro turno e ter a pessoa mais próxima de si como o vereador mais votado, no mínimo para demonstrar que tem o controle municipal da política em suas mãos. A tarefa pode não ser difícil considerando os resultados que a poderosa e exagerada máquina eleitoral pode conseguir de votos, mas despreza e prejudica os demais candidatos seus aliados nos 18 partidos que compõem a aliança majoritária/proporcional. Com muitos de seus votos atraídos pelo gigantismo do apelo eleitoral do candidato preferido do prefeito, os outros candidatos já percebem que terão menos votos e correm risco na eleição.
 Nas pesquisas, Paes está disparado e deve vencer no primeiro turno. E é bom, para ele, que isso aconteça mesmo. Pois logo após o pleito, a maioria dos cerca 1550 candidatos a vereador que não se elegerem, estarão lamentando os votos que perderam massacrados pela máquina injusta e desproporcional montada para garantir o troféu de campeão de votos de 2012 para o escolhido.
É injusto!
Viva a Coca Cola!!!


José Richard Waichel


joserichard.ilha@gmail.com

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