A opinião das ruas é carregada de emoção
Os repórteres Daniel Alves e Juliana Araujo ouviram dezenas de moradores na Portuguesa
O funcionamento da redação do jornal nas calçadas da Ilha do Governador tem sido
uma experiência extraordinária. Os repórteres, que já participaram da
empreitada, relatam fatos curiosos que revelam a intimidade e a confiança que a
população deposita no jornal. Muitas pessoas relatam aos jornalistas uma forte
indignação pela impotência em resolver assuntos cujas responsabilidades são,
principalmente, das autoridades públicas.
Os fatos que marcam a tristeza
das pessoas estão no sentimento de injustiça e falta de apoio dos órgãos
públicos que cobram muito e oferecem pouco. O medo é fruto da insegurança dos
que caminham pelas ruas e se sentem desprotegidos pela falta de
policiamento.
A perplexidade se mostra
contra a irritante indisciplina do trânsito, cujo controle está nas mãos de
alguns péssimos motoristas de vans e kombis que avançam sinais, andam de portas
abertas e paralisam os pontos de ônibus. A péssima qualidade dos serviços de
transportes de passageiros e desorganização tem levado trabalhadores a perder
horas no trânsito cada vez mais confuso da cidade. Surpreendem ainda os relatos
dos leitores sobre a sujeira nas ruas, carros abandonados, falta de água e
luz.
O fato é que, com a redação do
jornal nas ruas, o Ilha Notícias pode ouvir gente que não participa das redes
sociais e da internet. São pessoas que conhecem e tem opinião forte sobre os
problemas que dificultam a vida dos moradores da região. Embora essa gente
esteja decepcionada com a falta de atenção das autoridades, todas nutrem grandes
esperanças por soluções e sonham com uma região cada vez mais bonita e
desenvolvida. E tudo pode começar pela modificação de cada cidadão, mudando a
postura e cultura para ser modelo na cidade, como por exemplo, não jogar nenhum
pedaço de papel nas calçadas e lixo pela janela do carro.
www.twitter.com/joserichard
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