segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Poluição na Baía de Guanabara exige mais atitude

A Praia da Bica sem as línguas negras  
              
             A questão da despoluição da Baía da Guanabara é uma luta que deveria ser enfrentada de modo permanente e em conjunto por todos os governos das áreas afetadas. É inaceitável que os governos federal e estadual não contem com a participação absoluta de todas as cidades cujos rios ajudam a fertilizar as terras e desaguam na Baía de Guanabara. Essas cidades e as do entorno da Baía deveriam ter responsabilidades mais sérias no conjunto de ações pela despoluição com legislação fiscalizadora atuante e punitiva, abandonando a postura contemplativa.
              É grave e vergonhosa a qualidade da água da Baía de Guanabara, sobretudo após períodos de chuvas quando tudo o que há de podre nos rios é despejado criminosamente na Baía. Vai ser complicado esconder isso do planeta nas Olimpíadas de 2016. Há poucos meses, o prefeito do Rio declarou que o problema não será resolvido até lá, fato que não criou nenhuma polêmica porque a população também acha isso.
               Conheço o trabalho específico de algumas autoridades que trabalham sério para diminuir a quantidade de esgoto orgânico. Na Ilha já foram feitas obras que acabaram com as línguas negras na Praia da Bica e é reconhecido o esforço pontual dos dois minúsculos Ecobarcos que diariamente retiram o lixo flutuante na orla em frente ao Jardim Guanabara. 
              O problema é grave e exige soluções contundentes. É preciso denunciar, principalmente, os despejos criminosos de produtos químicos ao longo das margens dos rios até a Baía. É um absurdo o que há décadas devasta o meio ambiente e a vida marinha, além de causar doenças naqueles que se arriscam a banhar-se em águas suspeitas. Isso só terá solução através de uma nova atitude do carioca, exigindo dos governos ações permanentes e denunciando empresas e outros agentes poluidores, incluindo indivíduos cuja ignorância age como se os rios e a Baía de Guanabara fossem uma lata de lixo.
joserichard.ilha@gmail.com

Nenhum comentário: