A indignação vista nas ruas da Ilha durante essa semana pode ser entendida também como resultado da qualidade de vida reprimida e sem compensações à altura dos impostos e taxas que são exigidas dos trabalhadores.
O trabalho simultâneo da polícia em diversas comunidades onde a ação do tráfico ainda é rotina, se faz necessário para tentar manter a ordem e a supremacia da lei. Venda de drogas, "gatonet", entrega de gás e outros sistemas com gestão ilegal estimulam ações criminosas e precisam ser combatidos pela polícia, como deve ser feito em todos os locais do mundo.
Os excessos e a falta de treinamento da polícia não devem se repetir em ações nunca. O exemplo de agir corretamente, com disciplina e respeito, devem vir das autoridades em qualquer circunstância.
Eventuais exageros que resultem em ferimento ou morte de qualquer ser humano é um preço alto demais para quem já vive reprimido, sem apoio nas áreas da saúde, educação e segurança.
Entender a indignação de centenas de pessoas nas ruas é perceber o conjunto de pressões contra o povo trabalhador e a enorme quantidade de exigências contra essas mesmas pessoas que vivem sem perspectivas de melhor qualidade de vida ou obras de infraestrutura que as façam imaginar um futuro melhor.
A Ilha precisa ter o tratamento e atenção iguais a sua importância no cenário da cidade. Obras e um novo projeto urbano contemplando as áreas mais pobres que deveriam receber mais estrutura. A Ilha precisa ter planejamentos e ações diferentes de outras regiões da cidade. Não apenas pela população equivalente a de uma cidade, mas sobretudo por sua importância estratégica. Mais e melhores serviços de mobilidade urbana, seriam uma excelente válvula de escape para definir o começo de atitudes de mais atenção com a população que protestou nessa semana.
joserichard.ilha@gmail.com
Um comentário:
Moradores de comunidade a maioria são cidadãos de bens, a polícia já foi pior mais pode ser melhor, mais democrática e cidadã.
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