sexta-feira, 24 de junho de 2016

FRIO FAZ POPULAÇÃO DE RUA SOFRER MAIS DIANTE DA OMISSÃO DESUMANA DAS AUTORIDADES. INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS SE UNEM PARA AGASALHAR QUEM TEM FRIO

Moradores de rua são os que mais sofrem 

  Com o frio de rachar desse começo de inverno a população que vive nas ruas e embaixo de viadutos na Ilha, são as pessoas que mais sofrem e precisam de ajuda. Fiquei feliz em saber da notícia que um conjunto de instituições religiosas, agindo de modo ecumênico, decidiram recolher agasalhos e cobertores para distribuir para aqueles que sofrem com as baixas temperaturas.
  Geid, Grupo da Solidariedade e a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida se uniram na Campanha do Agasalho, com o apoio do Ilha Plaza Shopping, e estão mobilizando as suas estruturas e a comunidade para garantir amparo a essas pessoas que não tem onde viver ou habitam moradias de condições precárias.
  Com uma população perto de 300 mil habitantes, a Ilha do Governador precisa de mais exemplos de unidade como este. As instituições sérias, sejam religiosas ou não, precisam ganhar mais apoio dos moradores e dos governos para que tenham forças e assim proporcionar melhores condições de vidas aos mais necessitados.
    A Casa do Índio, localizada na Ribeira, é uma dessas instituições que estão sempre precisando de ajuda para dar condições de sobrevivência a um punhado de índios doentes. Alguns com problemas mentais, absolutamente abandonados por suas tribos. Outras instituições sérias conseguem, com o esforço e dedicação de seus membros, fazer o que as autoridades não fazem. Aliás, por culpa de uma ação equivocada e desumana dos órgãos de assistência social, centenas de desabrigados são deixados no abrigo Stella Maris, no Galeão, e de lá saem, depois de poucas horas, para vagar, sem destino, pelas ruas da Ilha.


joserichard.ilha@gmail.com  

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, José Richard! Boa noite! Muito pertinente sua postagem sobre os moradores de rua. Sou Magali Viana, nascida na ilha, formada em Direito. Seu apontamento me chamou bastante atenção, em razão, da imensa necessidade que as pessoas que vivem em condições de ruas, enfrentam constantemente. Agora, com o inverso intenso que estamos enfrentando esse ano, nota-se, sofrimento ainda maior dessas pessoas, além dos diversos outros problemas os quais elas estão expostas. Estou participando de um projeto chamado " EKKLÉSIA " fundado pela igreja Assembleia de Deus. Hoje sendo organizado e auxiliado pela igreja Filadélfia (ADIG) Jardim Guanabara e igreja Batista Nova Vida (Tauá), assessorado por uma jovem Assistente Social, uma Nutricionista, um Enfermeiro e outras pessoas importantíssimas em prol do funcionamento desse projeto. Também estamos em campanha, já algum tempo... Todas as segundas e sextas-feiras por volta das 21:00h participantes rodam por vários bairros da ilha, indo até os viadutos do aeroporto, onde a concentração de moradores de rua é maior. Levando: comida, roupas, meias, oração e uma palavra de incentivo! De fato, a situação é precária, como relatou em sua postagem. Os abrigos, praticamente em condições insalubres. Por isso, muitos acabam voltando para as ruas. O projeto, oferece reintegração aos moradores de rua junto as suas famílias; ir para um abrigo digno; e/ou conscientizar essas pessoas a mudar suas histórias de vidas. Foi fundamental esse seu apontamento, em citar a seriedade das instituições que realizam tal trabalho. Parabéns! Sua iniciativa junto à sua influência, com certeza trará algo positivo para as instituições que se disponibilizam, em ir ao encontro com essa realidade, como também, despertar a solidariedade para doações. Infelizmente esses projetos não recebem contribuição do governo. As pessoas que colaboram, praticamente são as mesmas que põem a mão na massa. Por isso, é mais difícil manter. Obrigada pelo seu apoio. Também, contamos com o apoio dos nossos vizinhos insulanos. Estamos gratos!!