sábado, 10 de outubro de 2015

Enquanto o aeroporto está em obras e deve melhorar muito, a Ilha não avança



O complexo rodoviário para acesso à Ilha tem três pontes mas desenvolvimento não chega

             Os governos, todos eles, não tratam a Ilha do Governador na proporção da sua importância no cenário estratégico e econômico. Os investimentos na região são mínimos, quase todos dirigidos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, cuja estrutura está sendo ampliada e modernizada. Aliás, o aeroporto merece. Estavam vergonhosas as suas dependências e a infraestrutura aeroportuária. Vazamentos, elevadores não funcionavam, escadas rolantes paradas, além de o estacionamento ser caríssimo não tinha segurança e nem manutenção. Receber um visitante no aeroporto era humilhante. Com o consórcio Rio Galeão no comando, as obras começaram e a expectativa é de que em poucos meses, o nosso aeroporto esteja à altura da cidade sede das Olimpíadas de 2016 e tenha espaço para estacionamento que continua um caos.
             Entretanto, a outra parte da Ilha que abriga uma população de quase 300 mil habitantes, divididos em 19 bairros, os problemas continuam os mesmos, sobretudo no aspecto da mobilidade urbana. Morar na Ilha e trabalhar fora é um desafio diário em razão de uma única saída pela Estrada do Galeão. A alternativa de transporte marítimo não é confiável pela escassez de horário e por utilizar embarcações sexagenárias com capacidade de transportar até dois mil passageiros. A operação desses equipamentos gigantes é complicada e tem colocado em risco a vida dos passageiros. Dois acidentes recentes, durante manobras de atracação, reforçam as convicções que o serviço está muito ruim. Infelizmente, não há nenhum plano para solucionar isso.
             É chato, mas no lado mais importante da Ilha, onde vivemos, pequenas ações apenas tapam o sol com a peneira.


joserichard.ilha@gmail.com

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