Com a morte do Fernandinho Guarabu, que liderou o tráfico na Ilha do Governador por cerca de 15 anos, a Ilha corre o risco de se transformar, por alguns dias, em um barril de pólvora com a provável disputa do controle das ações criminosas na maioria das comunidades da Ilha. É que os quatro bandidos mais graduados no organograma do Dendê, abaixo de Guarabu, também foram mortos pela polícia na mesma operação de quinta-feira.
O perigo, que justifica a preocupação da população insulana, é o que está em jogo. Fernandinho montou um esquema criminoso que controlava a distribuição de gás, gatonet, transporte de vans, além de outras atividades, cujas receitas geravam lucros fantásticos como o tráfico de drogas e de armas. Com a cúpula morta e sem um substituto no radar, os negócios criminosos do Dendê podem atrair a cobiça de bandidos de outras facções ou de grupos de milicianos.
A transição é os que moradores temem. O pior cenário é outra facção criminosa mais violenta assumir os espaços e a gestão dos negócios do crime transformando a Ilha do Governador em uma região perigosa. As atividades criminosas controladas pelo Dendê são atraentes e altamente lucrativas.
Por outro lado, esse vácuo de poder criminoso no Morro do Dendê é a grande oportunidade das forças policiais ocuparem rapidamente os espaços e transformar a Ilha em uma região ainda mais tranquila, onde os direitos e liberdades dos cidadãos possam ser garantidos. É essa a principal expectativa dos cidadãos insulanos diante dessa situação complicada a qual todos estamos reféns.
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