É realmente preocupante a intensa circulação de caminhões transportando líquidos inflamáveis pelas vias da Ilha do Governador, como trata reportagem do Ilha Notícias publicada nesta edição. A grande maioria desses caminhões tem como destino a empresa Moove, instalada na Ribeira, uma das regiões mais bucólicas da Ilha e cuja tranquilidade é quebrada pelo forte ruído dos caminhões.
A Moove, que já teve outros nomes, mas continua a mesma, trabalha, entre outras atividades, com produtos químicos e derivados de petróleo, funcionando no mesmo local há algumas décadas. Sempre empregou muitos moradores da Ilha e é muito importante para a economia local. Restaurantes, lanchonetes e um grande número de atividades comerciais contam principalmente com a receita gerada pela empresa e as centenas de funcionários dela e da Shell, outra importante indústria que fica próxima.
É preciso encontrar meios conciliatórios para que a boa convivência dessas empresas com os moradores continue. O risco de um acidente ambiental provocado por uma dessas super carretas é uma realidade e todas as medidas e planos de contingência devem fazer parte da rotina dos moradores no trajeto dos caminhões. Não é exagero pensar na prevenção de uma tragédia que pode ocorrer. Caminhões enguiçam, peças sofrem fadiga e motoristas podem errar.
Embora a Moove já esteja instalada há algumas décadas na Ribeira, as ruas agora têm mais carros e alguns caminhões que transportam seus produtos químicos, de tão gigantes são hoje conhecidos pelo apelido de bi-trens e quase não conseguem trafegar pelas curvas de algumas ruas estreitas da Ribeira. Sem alarme, mas com responsabilidade e preocupação entendo que sob a orientação do Corpo de Bombeiros é tempo de colocar o problema para discussão e ter uma solução preventiva relevante, para evitar um acidente ambiental grave.
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