Pra mim, o último lugar obtido pela União da Ilha é uma surpresa inesperada. Assisti ao desfile e gostei do que vi. Como não dar a nota máxima, por exemplo, para o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira? Mas não sou especialista e o resultado deve ter considerado coisas que não vi. O que sei é que concorrer com agremiações que representam e recebem recursos de cidades como a Viradouro – Niterói; Grande Rio – Duque de Caxias e Beija Flor – Nilópolis é desigual e injusto. Além disso, algumas escolas contam com patronos que colaboram fortemente garantindo estrutura para grandes desfiles.
Imagino o esforço sobrenatural que a União da Ilha faz para se colocar lado a lado e desfilar no mesmo nível de oponentes poderosas. Mas é exatamente isso que a faz diferente, respeitada e independente, cujas cores representam a Ilha do Governador além das fronteiras, como o sucesso dos seus sambas enredo, admirados e cantados mundo afora. E, espero, continue independente.
Porque não é conquistar o campeonato ou um excelente lugar que faz a escola ser a melhor. O que faz ela gigante e nos orgulha é a superação da luta e os desafios conquistados a cada etapa. Tenho absoluta certeza que a diretoria e componentes apresentaram o melhor desfile possível, e os insulanos podem ter orgulho da União.
O buraco entre as alas, provocado por problemas em um dos carros faz parte do imponderável. Foi desagradável assistir e sentir a agonia do tempo se esgotar e a punição inexorável. Mas não há culpados para tentar justificar a colocação. Vamos nos unir. Perder faz parte das regras de quem participa da disputa de um campeonato. É só chato. E isso passa.
Vamos, com sabedoria, corrigir para o próximo ano. Agora, no Acesso, temos que nos unir ainda mais, determinados a voltar de modo consagrador para o Grupo Especial, onde é o lugar da União da Ilha.
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